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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Jean Mano em sua versão (completa) de "Tem gente com fome" de Solano Tri...

Apresentação do Livro "De Merity a D. de Caxias" de Antônio Augusto e Tâ...

Jean Mano & crianças da Biblioteca Solano Trindade no 1º Encontro PMLL-C...

Debate com a Revista Biblioo no stand PNLL - Biblioteca Comunitária Sola...

Questões sobre leitura

Questionado se tem o hábito da leitura, o escritor Ariano Suassuna disse que não. “Eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento”, disse ele. Já o estudioso Antonio Cândido defende o Direito à Literatura como direito humano, pois se algo é indispensável para nós, deve ser também indispensável para o próximo. Moacyr Scliar escreveu que a casa da leitura tem muitas portas, e a porta do prazer é das mais largas e acolhedoras.

Neste mês, comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil, em 18 de abril, dia do nascimento de Monteiro Lobato, e o Dia Mundial do Livro, em 23 de abril, falecimento de Cervantes e de Shakespeare. Estas datas nos cobram uma reflexão sobre a leitura no país.

A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, divulgada em março, revelou que o brasileiro está lendo menos. De acordo com o levantamento, o número de brasileiros considerados leitores – aqueles que haviam lido ao menos uma obra nos três meses que antecederam a pesquisa – caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), em 2007, para 88,2 milhões (50%), em 2011.

Além das justificativas das novas tecnologias, falta de estímulo e alto custo, a indiferença dos brasileiros pelos livros tem raízes mais profundas. Séculos de escravidão levaram os líderes do país a negligenciar a Educação. A Escola primária só se tornou universal na década de 90. As bibliotecas e as livrarias ainda não conseguiram emplacar. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca.

Outro fato importante é que só 26% dos brasileiros entre 15 e 64 anos encontram-se no nível pleno de alfabetização, ou seja, têm hoje condição de ler e compreender integralmente um texto longo. Não é possível pensar que exista um país, com o crescimento do nosso, que possui uma taxa de 70% de analfabetos funcionais.

Portanto, acredito que, no ano em que declaramos o educador Paulo Freire patrono da Educação brasileira, temos o dever de lutar para que homens e mulheres enxerguem o mundo com outros olhos, sem limitações. Por isso, propus a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Biblioteca Pública na Câmara dos Deputados. O objetivo é destacar o papel estratégico da Biblioteca Pública na formação intelectual do cidadão. Além disso, promover debates sobre políticas de criação, modernização e capacitação técnica dos profissionais, para garantir acesso amplo e irrestrito da sociedade à leitura.




Dia do Livro Infantil da Biblioteca Comunitária Solano Trindade, foi emocionante ver as crianças vendo o curta "Os fantásticos livros voadores".

Carla Alves do Movimento Baixada Literária na Biblioteca Comunitária Sol...

Ana Cláudia, mestranda da UFSC, visitando a Biblioteca Comunitária Solan...

A Biblioteca Comunitária do Cangulo

Visita do Sec. de Ambiente Samuel ao Cangulo após a solicitação da Bibli...

Bruno Max & Jean Mano - MRB - Música pra Revolucionar Brasileira

1º Encontro de Bibliotecas Comunitárias de Duque de Caxias.AVI

Lançamento do livro de Maria Vitória, de 8 anos na XV Bienal do Livro do...

Festa do Dia Nacional da Leitura 2011 na Biblioteca Comunitária Solano T...

Festa do Dia Nacional da Leitura 2011 na Biblioteca Comunitária Solano T...

Antonio Carlos - Biblioteca Comunitária Solano Trindade - BiblioCamp 2011

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sábado, 21 de abril de 2012


Em Nova York, condomínios investem em bibliotecas

Ao lado de piscina e academia, empreendimentos inauguram espaços para a leitura


Moradores se reúnem na biblioteca do condomínio Toren no Brooklyn
Foto: The New York Times / Uli Seit for The New York Times
Moradores se reúnem na biblioteca do condomínio Toren no BrooklynTHE NEW YORK TIMES / ULI SEIT FOR THE NEW YORK TIMES
NOVA YORK – É comum encontrar edifícios com academias, salão de festas, parques infantis ao ar livre, sauna e piscina. E se, além de tudo isso, o empreendimento residencial ainda contasse com uma biblioteca? Pois bem. Mesmo em tempos de e-books, esses espaços repletos de estantes com coleções de grandes escritores começam a aparecer em Nova York como um atrativo no mundo do mercado imobiliário.
Quando o nova iorquino Martin Semjen entrou no Stanton, um outro empreendimento residencial, na Broadway, ficou encantado com a sauna e a sala de fitness. Sua mulher, a escritora Lynn Schnurnberger, por outro lado, quase caiu dura quando viu uma biblioteca despretensiosa que funciona em uma sala de reuniões em que três lados são cobertos com estantes do chão ao teto em madeira. Os moradores podem escolher desde volumes sobre arte ou direito a romances populares como "O Código Da Vinci" e "Desejo e Reparação" ou a biografia de Elizabeth Cady Stanton, que deu nome ao edifício.
- Eu realmente não vou usar os equipamentos da academia, mas vou olhar os livros antigos - disse Schnurnberger, coautora do best-seller "Diários de Botox”, dentre outros romances.
Em edifícios residenciais de Nova York, halteres têm um peso muito maior do que livros. Tami Shaoul, vice-presidente da imobiliária Corcoran, ressalta que a academia para ginástica e musculação é ainda um dos itens mais importantes no empreendimento residencial. Em seguida, vem o espaço ao ar livre. Mas a biblioteca está sendo um sucesso.
- Nenhum cliente jamais disse “quero uma biblioteca”. Mas quando vamos apresentar o projeto, todos ficam surpresos ao se depararem com uma. Eles costumam se sentir bem, por ter um espaço silencioso no prédio do qual podem desfrutar.
No mercado altamente competitivo de Nova York, onde os incorporadores de edifícios residenciais parecem estar envolvidos em uma corrida frenética para incrementar os espaços de lazer das edificações — com armazenamento a frio, adega, ginásio, piscina, ofurô, sala de jogos para crianças e adultos, salão de festas etc — a biblioteca tem um custo relativamente baixo.
- Você não precisa de muito espaço para criar um pequeno gabinete de leitura - completa Kathy Braddock, proprietário de Rutenberg Realty.
No nível mais prático, uma biblioteca em um edifício de Nova Iorque é o equivalente a um quarto a mais em uma casa. No Reitor Park, "as residências não são grandes", de acordo com James Lansill, diretor da Corcoran Sunshine.
- Consequentemente, a biblioteca pode ser um retiro, enquanto a governanta aspira o pó da casa, ou quando se quer fugir das crianças, deixando-as com a babá. Além do que, as cadeiras e sofás ajudam a transformar o espaço numa segunda sala de estar para alguns proprietários - acrescenta Lansill.
No Reitor Park, volumes sobre arte, arquitetura, viagens e moda foram os primeiros a chegar. A coleção tem crescido lentamente. Os moradores começaram a fazer empréstimos e a levar livros próprios para abastecer a bliblioteca.
- Nossos títulos mais comuns, sem dúvida, vêm da série Harry Potter - revela o diretor da Corcoran Sunshine.
Já no Caledônia, um condomínio na West 17th Street, a biblioteca é chamada de Salão de Cultura Assouline, uma homenagem aos volumes de moda, design e livros de fotografia de Assouline, uma editora conceituada. De acordo com Daria Salusbury, uma das diretoras da construtora do edifício, a biblioteca, que tem cadeiras de clube e uma lareira, é um convite à cultura. Mas os volumes permitidos nas estantes são estritamente definidos.
- Eu não quero ter 17 edições de Agatha Christie – confessa Ms. Salusbury - Esse não é o propósito da biblioteca. O objetivo é dar uma perspectiva mais sofisticada sobre a cultura. E esta iniciativa tem sido bem aceita.
Como parte de um patrocínio de dois anos, o Lincoln Center forneceu uma extensa lista sobre artes cênicas com livros temáticos para o condomínio Avery, no Riverside Boulevard. Títulos como "101 Histórias dos grandes balés,"A Enciclopédia Columbia do Drama Moderno” e outras três dezenas foram devidamente comprados, disse um porta-voz da Extell, desenvolvedor do condomínio.
- A biblioteca pode ​​ser um item de luxo - defende Roy Kim, design e vice-presidente da Extell, cujo projeto residencial One57, na West 57th Street, com inauguração prevista para o final de 2013, também terá uma biblioteca.
As prateleiras da biblioteca do Toren, um prédio novo no Brooklyn, foram preenchidas com a ajuda da livraria Strand, em Greenwich Village, de acordo com o gerente síndico do edifício, Marco Auteri.
- Pedimos uma variedade de livros baseados em qualidade e conteúdo - acrescenta. - Nós queríamos criar uma biblioteca real e ter uma grande variedade de gêneros. Desde que os moradores começaram a contribuir para a biblioteca, a coleção aumentou 50%. E agora, além de livros, temos também DVDs e jogos.
Em edifícios mais antigos, acontece de forma mais casual. No Ardsley, Central Park, algumas prateleiras, incluídas na sala de jogos, constituem a biblioteca - com uma mistura de livros de ficção ("The Fountainhead"), poesia ("A Ilíada") e não-ficção doados e em ordem alfabética.
Enquanto isso, a coleção do 924 West End Avenue - alojada, como em muitos edifícios, em várias prateleiras abertas na lavanderia - inclui "O mundo segundo Garp" e "Ragtime".
- Algumas pessoas leem um livro enquanto aguardam a lavagem de suas roupas - comenta Raymond Hoey, presidente do conselho de administração do edifício


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